26.12.06

duas faces da mesma moeda

Meninas são tão mulheres
Mulheres são tão meninas

20.12.06

Aos idealistas de plantão

A vida/história tem desíginos irresistíveis. Ou se aceita o jogo ou deixe-se por morrer. Ou resignção frente a não concretização dos idealismos ou o sucumbimento. Por idealismo chamo as vontades criadas referentes a objetivos desnecessários e/ou inalcansáveis, mas aos quais damos o caráter de imprescindíveis - mesmo que por vezes não seja senão vontade de momento ou vontades criadas observando-se a vida de outros.

"A vida não é de brincadeira, amigo", já diria o poeta.

Para "viver a vida" precisa-se de um pouco de silêncio, solidão, um resquício de ressentimento, ouvidos atentos, cérebro em movimento, um constante "voltar-se para si". E tão importante quanto o já dito: músculos prontos para ação, fôlego para as grandes jornadas, resistência para duras privações e um coração forte para bombear sangue em profusão para um corpo em "realização".

C'est la vie!

14.12.06

A Rainha dos Baixinhos

I lári lári ê
oh oh oh
é a turma da xuxa
ue vai dado seu alô
Acesse o endereço a baixo:


Atenção: endereço proibido para menores de 18 anos. e pra quem não quer acabar com todos os monumentos da infancia (huahuahuahua)

12.12.06

"Bah, preciso da merda desse dvd na minha estante. Esse livro: finalmente! e até que tá baratinho. Que acidez du cão! Sem um chocolate agora não sou capaz de viver. Pelo amor de Deus, tenho que ver aquela menina de rosa passar - na minha cama, de preferência! Bosta sinal vermelho pra mim!, muito certo que se não correr vô me atrasar: ah! esse motorista que espere, eu preciso me apressar mais que ele!".

"Finalnamente um sinal aberto! To vendo a cara de cú do chefe! Putz, cadê o cd?
No guarda-luva? ... Porra!!! que batida foi essa no carro?"

"Coitadinho do Lu! Tão novo! Pelo menos teve tudo que sempre quiz! Mas olha a aflição da mãe dele."

"PUTA QUE PARIU! e não é que a m... de deus existe mesmo! 'Merda de deus' mesmo, se já to aqui, não faz mais diferença xingar ou não xingar! Tudo que quiria era mais uns minutos de vida! Falar mais um pouco mal de deus... e um pouco de tédio também caia bem..."

11.12.06

E a nobreza?

Onde se encontra hoje a casta de nobres, dos super-homens nietzschiniano? Onde estão esses homens fortes, que fazem da sua vontade verdade e realidade, sempre prontos a pôr os músculos em ação, criadores de valores e de sua própria moral, nascidos pra ser senhores, com poder tamanho para enfrentar o prório governo central, onde estão? Quem é hoje a nobreza?

Será que se encotram nas bibliotecas das grandes universidades, nos apartamentos de nossa classe média alta, ou nas Cultura das nossas cidades?

Acho q não!

Cito: "Digamos (...) de que modo começou na terra toda sociedade superior! Homens de uma natureza ainda natural, bárbaros em toda terrível acepção da palavra, homens de rapina, ainda possuídores de vontade e ânsias de poder intactas(...). A casta nobre sempre foi, no início, a casta nobre de bárbaros." (Além do bem e do mal, aforismo 257).

Se são os bárbaros a casta nobre talvez, a partir da localização geográfica dos bárbaros medievais, possamos encotrar uma pista dos nobres de hoje. Se os bárbaros medievais habitavam a periferia (da periferia) do mundo civilizado - à margem das grandes Índia, China, Bizâncio e da civilização árabe - acredito, então, que os novos nobres se encontram, igualmente, na periferia da civilização.

De cima dos morros, de AK nas mãos dando tiro em "polícia" e rival, submetendo o fraco, mandando seus "aviãozinhos" pra onde querem, mandnado nos negócios mesmo presos, inventando suas gírias, impondo sua moral, construindo uma sociedade altamente hierarquizada: não vejo senão no traficante de hoje a síntese mais precisa da nobreza nietzschiniana. Não sei se eles estão certos ou errados, só sei que a palavra deles é lei e sua vontade é vontade de poder. E como qualquer um sabe, o que faz a verdade é a força.

E, agora, pra meter um pouco de pau em mim mesmo:

Minha não simpatia pela nossa democracia: um monte de cordeirinho seguindo o candidato mais correto, escolhido um mês antes da eleição, tomando por base os melhores slogans e trechos de música. Enfim, gado.
Gado que vive reclamando da realidade em que vive, mas não mexe uma palha por nada.

E a real é a seguinte: quem aceita o que está, mesmo reclamando, tem mais é q se fudê mesmo.

Os traficantes, pelo menos, inventaram sua própria verdade. Não tão nem aí pra quem tão desagradando, fazem o que querem, metendo o peito (ou os lacaios) a bala pra chegarem aonde querem.

Pois é, acho que com eles está justamente a transvalorização dos valores.

8.12.06

Errata e addendo

ERRATA: Acho que no post "representações" fui muito pouco claro quanto a relação entre a introdução e o resto do texto. Explico: pretendia falar sobre as representações q criamos do que achamos que os outros pensam de nós. E o q me veio na cabeça foi uma das tentativas de ser hostil com aquele filho da puta (com todo o respeito a mãe dele, é claro), isto é, minha vontade de despertar algo nele - raiva ou sentimento de humilhação. E nessa ânsia de buscar interferir no que ele pensava de mim, ela disse: "Lu, tu não precisas disso!" Por isso a frase calou fundo.
A seguir, a complicação filosófica sobre o que os outros pensam de nós.

ADDENDO: "O vaidoso se alegra de cada opinião boa que ouve sobre si mesmo (independente de qualquer ponto de vista de utilidade, e também não considerando se é falsa ou verdadeira), assim sofre de cada opinião ruim: pois ele se submete a ambas, ele se sente submetido a elas, por esse antigo instinto de submissão que nele irrompe. - É o 'escravo' no sangue do vaidoso, um vestígio da manha do escravo - e quanto de 'escravo' ainda resta hoje na mulher, por exemplo!-, que procurava sedutoramente obter boas opiniões sobre si; é também o escravo que em seguida se prosterna perante essas opiniões, como se jamais as tivesse provocado. - Seja dito mais uma verdade: a vaidade é um atavismo." "Para um homem nobre, a vaidade está entre as coisas de mais difícil compreensão."(Nietzsche, Para além do bem e do mal, aforismo 261)

30.11.06

Dom Quixote

Tinha acabado minha hora de vigília na fila do show dos los hermanos. Quando substituído pela minha colega, fui pro Antoni's Bar tomar meu clássico açúcar com leito, digo, leite com muuuito açúcar. Lá encontrei uma colega. Um amor de guria. Depois, pensei comigo: "vô dá uma visitada lá no banheiro da FACED!". Subi até o oitavo andar pois, além de papel higiênico, o banheiro desse andar tem espelho.

De tão afoito que tava, nem parei pra olhar o papel afixado à porta. Entrei, olhei de relance outro papel afixado junto a fechadura e, arigó, tranquei a porta. Depois de alguns minutos conversando comigo mesmo no espelho, parei pra ler o aviso da porta. Dizia algo mais ou menos assim: "Não tranque! Fechadura com problemas, está emperrando!"

"Beleza", pensei comigo, "vô perde a porra do show no banheiro da FACED!" Comecei a ficar inquieto, até que pensei: "faz o que tu vinha fazer, depois a gente vê". Sentei. Mas a perspectiva de perder o show me deixava agonizado. Até que, num momento quase zen (como é próprio quando se está no trono), pensei comigo: "Esquece essa fechadura. Agora aqui, depois ali". Aí me aquietei.

Já limpinho, de mão lavada, fui tentar abrir a porta. Em não mais de trinta segundos - nos quais já tinha falado todos meus palavrões preferidos - consegui abrir a porta, pra depois curtir uma das coisas mais AFUDES que já participei nos últimos tempos.

Moral da História: Uma cagada de cada vez!

Ou como já diria o barbudo, "A cada dia os seus próprios problemas" (pois é, acho que sou praticamente um reconvertido). Ou como já diria o Pica-Pau: "Pra que se preocupar com o amanhã se ele termina depois de amanhã?".

A gente têm a mania de fazer de uma possibilidade de problema um monstro q, quando a gente vai ver, não era quase nada. Atucanando a cabeça com problemas futuros, só difultamos a situação atual - sobretudo quando a gente já tá na merda (que, literalmente, era o meu caso)!

22.11.06

representações

Esperava o ônibus com uma amiga minha, uma menina de nome forte. Mais um tempo, vi q se aproximava a única figura nesse mundo que eu acho realmente lamentável. Um cara bastante medíocre. Então, comentei com essa minha amiga uma possibilidade de tentar constrangê-lo. Aí, numa de suas típicas frases curtas, ela disse: "Lu, tu não precisa disso"... Não posso negar o impacto dessa frase.

Todo santo dia, é batata!, tem alguém pra me enfiar uma crítica(e não mais do q isso, por favor!). Seja uma palavra, uma careta, um deboche, uma conversa cruzada. E o pior é que é por gente que mal conheço.
Tipo, numa festinha na casa de um colega meu, esses dias, depois de pequenos debates sobre "votar ou não votar", simplesmente ouvi algo do tipo, de um cara pro outro, como se não fosse pra mim: "Dpois de tudo q disse, ainda tem a cara de pau pra dizer q não tem maturidade pra votar". Parece pouco. E de fato o é. Mas foi o suficiente pra estragar a noite e me deixar quase todo o findi de acídia.

Porra, e quem é de fato aquele cara na minha vida? Ninguém!

(??????????)

Ninguém, a não ser uma pessoa q eu vivo enchendo de críticas.

E aí esta "morta", já há dois mil anos anunciada: "Não julgues, e não sereis julgados"´. Não sou muito fã desse tal de Cristo, mas sua capacidade de "simancol" é admirável. Essa é a coisa mais certa que tem, mas a gente nunca, nunca, nunca percebe. Teça alguma idéia sobre alguém, monte na sua cabeça todos os seus defeitos. Espere mais um pouco, e você vai se ver refém de um ataque dessa mesma pessoa. Pode ser muito pocua coisa, mas a tua vaidade vai inflamar tanto o ataque, que este será intragável. Esse tipo de "o feitiço virou contra o feiticeiro" foi a coisa mais bem acertada na minha lata nestes últimos tempos.

Pense, fale mal de alguém em alguma coisa. O condenado será você mesmo. "Com a mesma medida que medirdes, vó sereis medidos"!

E já dizia uma amiga minha, minha caroneira: "Se tem alguma coisa em alguém q te incomoda, pode ter certeza q isso é algo q tu vê de falho em ti mesmo"! Batata! "Tire a palha do teu olho antes apontar a trave no olho do teu irmão"!

Pois é, to meio cristão nesse texto. Mas é só aparência. Indicação: Lo Capítulo "o que se representa", do Schopenhauer, no aforismo sobre a felicidade na vida.

20.11.06

Metatexto

Meu amigo leu o blog nesse último findi. Achou bom, mas fez críticas pertinentes: é um texto de crítica aos academicistas, escrito de uma forma muito academicista; prum blog com o nome que tem, tá muito limpinho. Concordo.
Ele me aconselhou a escrever histórias. Iria me expor menos. Diminuiria, incluisive, a possibilidade de tomar um pedraço de alguém que tenha entendido mal o que escrevi. Ou entendido muito bem, quem sabe.
Tenho algumas coisas q faz tempo que queria blogar, mas que tava meio indeciso, por serem coisas mais íntimas, mais ou menos direcionadas a pessoas específicas. Mas que seja, depois decido.

14.11.06

imagensimagensimagens

Ontem um colega me reclamou que seus opositores da outra chapa o chamaram de partidário do PFL: "Porra meu, eu militei no MES e esses manés vem dizer isso". Mas, por outro lado, tem umas pinta da chapa deste meu colega que simplesmente chamam a opostição de "as viúvas".

Se se for parar pra pensar, dá pra ver que o que mais impulsiona a nossa prática política democrática são muito mais as imagens, as representações, do que os objetivos práticos propriamente ditos. Não se luta por uma universidade mais atenta com a nossa sociedade terceiro-mundista, tá-se mais preocupado em pintar o outro como o vilão da história, atacá-lo desemedidamente e, por fim, aquietar-se em seu canto, "consciente" de ter feito uma prática eficaz de intervenção na realidade.

Talvez isso nã seja senão uma reprodução dos hábitos da nossa sociedade. Optamos pelo partido do coração, ou o da cara da mulher ativa, ou o do empregado do povo, votamos e, já em casa, nos regozijamos pela participação consciente no processo democrático.

Pro inferno essa tal de democracia. O governo ideal necessariamente é o governo dos fortes! Essa é a lei da natureza! O forte transforma sua vontade em realidade.

Por que será que o proletáriado tem que trabalhar oito horas por dia pra pagar os inúmeros carnês das mais diferentes lojas, freqüentar umas escolas murrinhas quando criança/adolescente e, durante esse tempo todo, assistir muita televisão?
Pra não pensar, pra não se preocupar com seu destino! Pra continuar dependente do cuidado dos outros, seja ele dos nossos polítcos tradicionais, da mídia ou da opinião alheia. "Pra que ser forte, se a outro q me sustenta? ". Os Defensoeres do Sistema sabem muito bem disso.

Essa é a lógica do sistema. Estamos TODOS irremediavelmente presos a isso. E o processo de ultrapassagem da menoridade, como o diz o Kant, é um processo árduo...

bom, tá na hora! Até mais, pois já vai começar a novela. Até

7.11.06

A historicidade das relações e dos sentimentos

Pq desse apego impertinente a representações? Pq do desespero de querer um celular com tirador de foto? Pq desse mania de querer quem não nos quer, um alguém que nos ignora, um alguém com quem talvez até nem se fale mais direito?

O Nietzsche dá uma orientação. Diz ele: o que faz com que algo se grave profundamente na nossa memória não é nada senão o sofrimento. Como inculcar na cabeça dos homens de uma sociedade que matar é errado? Basta aplicar penas públicas atrozes aos culpados (ou supostamente culpados) de homicídio, para que o horror se encarregue de lembrar ativamente aos outros o impedimento de matar.

Havia a uns sete anos um menino de uns 14 anos que realmente não suportava uma determinada menina. Era uma presença, pra ele, desagradável. Até que a conheceu. Menina simpática, tri gente boa. O tempo foi passando, a amizade se estreitando. A empatia era admirável. Foi esquecendo todas as outras... e o centro do seu mundo passou a ser ela!

E qual o fim dessa história?

Um coração rasgado depois do fim. As dores de uma criança nunca devem ser igonoradas, principalmente quando ela perde boa parte do sentido de sua vida...

E, me pergunto, o que fez com que esse rapaz de 15 anos mantivesse uma lembrança tão triste daquela minina tão especial? Como disse o Nietzsche, o sofrimento. Na locura de se prender a uma "representação de relação" q não correspondia mais à relação efetiva (e afetiva), o pobre menino acabou se estragando... Mas, e se por acaso ele tivesse dado espaço pras outras meninas que estavam ao seu redor, que lhe dedicavam atenção e por quem ele correspondia? Tudo tendia a ser mais claro...

Ouço a voz do Chico Ciência:


"Deixai que os fatos sejam fatos naturalmente,
que não sejam forjados para acontecer.
Deixai q os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente".

Deve-se sempre estar atento a historicidade de cada coisa, mesmo dos sentimentos e das relações. Por exemplo, no caso de dois amigos muito amigos que se separam. Quem garante q no reencontro a velha afetividade voltará? Ninguém nem nada garantem. Não se deve cair na estupidez de acreditar que as relações reais (distanciados por um tempo) seguem a representação que se formou a respeito da antiga relação. Muito menos, muito menos, muito menos o contrário: não se deve fechar completamente a esse reencontro, pois nada impede que os vínculos se mantenham fortes apesar do tempo.

Não se deve esperar nada de coisa alguma. Deve-se silenciar, apreciar como as coisas se dão, deixar o coração falar e, por fim, deixar as coisas acontecerem (ou não acontecerem, dependendo do caso).

E não poderia terminar o escrito sem a autoridade do poeta:

"Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir,a cantar, a pedir
A beleza de amar

Como o sol
Como a flor,
Como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer".

A nada que traz ácidez ao coração deve ser dada atenção, inclusive disputas por Centro Acadêmico...

6.11.06

Freud explica

Há quanto tempo, neste blog, venho tentando expor uma solução pra determinadas contradições imperantes na vida de muitos de nós? Hj não vai ser diferente. É engreçado como só percebemos certos problemas quando a situação encasca.

Esse momento, o da crise, é o momento próprio para descobertas e apercebimentos... ou para o uso indiscriminado de soma (vide Adimirável Mundo Novo). Há toda aquela ácidez que percorre a espinha, se instala na garganta, estraga o estômago. A propensão aos atos de desespero é constante. Nesses casos, a única coisa que resta é o silenciamento: desligar toda a atenção que há para os movimentos internos, evitando toda a forma de pensar. Na quietude, evitando toda expectativa, pode-se perceber lentamente os pequenos detalhes da vida. Foi o que aconteceu quarta-feira passada. Na situação de silencimento ativo, num aguçamento da sensibilidade, pude compreender em partes uma das principais contradições de minha vida, talvez a raiz de todo o mal, algo q nunca havia dado bola. Sempre procurei nas relações sociais e nos imaginários sociais existentes os males q tanto nos afligem: valores estabelecimentos por uma elite dominante e apropriado pelo restante da população, a atenção dada às questões metafísicas, em detrimento com as questões práticas do nosso cotidiano, etc.

MAS só hj, nesse estado quase contemplativo, pude finalmente entender aquele trechinho duma das músicas cantadas pela elis:

"Minha dor é perceber que ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais."

Sempre pensei que era muito diferente da minha mãe e bem longe do meu pai. Imaginava que minhas rateadas tavam mais ligadas a minha mocidade do que a qualquer outra coisa. Até que, na aula da FACED, de psico da educação (quarta), ouvindo aqueles blábláblá freudianos de relação entre bebe, a mãe o pai, a ficha caiu! Percebi que não era senão na relação estabelecida entre mim e a minha mãe, desde a infância, que residia o "x" da questão.

É dessa relação mãe-filho-pai que se pode derivar uma série de pulsões e traumas na vida de uma pessoa. A própria questão do "vazio da vida" pode muito bem residir aí. Conselho, meu(minha) caro(a) leitor(a), pensa muito bem na tua relação com teus pais. Veja quais são as características, manias, etc., deles que vc mais detesta. Talvez essa aversão tenha sido tão forte que, sem te aperceberes, marcou profundamente tua vida. Antes de buscar solucionar teus problemas com o mundo, compete voltar pra casa , olhar nos olhos dos coroas e neles se encontrar. Muito pode ser percebido aí.

A vida não merece desespero. Ela merece apenas um pouco de atenção, um silenciamento. Um único instante, onde ela possa falar. Possivelemente, esses momentos de melancolia não sejam senão a própria vida tentando se expressar.

Basta! Entendo pouco de psicologia. Mas a indicação é boa. Nada disso exclui uma análise sistemática da nossa forma de vida, das nossas relações sociais e econômicas, das representrações formadas ao longo do tempo. Bem pelo contrario, só cruzamento dessas diferentes abordagens pode gerar um pouco mais de luz para o esclarecimento. É engraçado como um problema acaba puxando outro e, nisso, uma possibilidade de descoberta.

Mas. enfim, como bem diria nosso amigo vinicius:

"É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
Se não, não se faz um samba não."

24.10.06

No fundo do ônibus

Ele conversava agitado com ela. Ela era uma sombra, mas ele a reconhecia como a menina de nome forte por quem sentia muita devoção.
Sua visão estava nublada. Logo, sabia que era um sonho. Um sonho no fundo de um ônibus vazio. Estavam na última fileira. Ele no banco do meio e ela a sua direita, lado a lado.
Conversavam animadamente e algo o sufocava. Ele sentia como se estivessem a apertar sua garganta. Pensou consigo: "Tenho que pegar essa menina!". Mas antes de fazer em gesto o pensamento, desistiu. "Que adianta tentar agarrar uma sombra?".
Optou por só ficar ali a conversar. Mas estava quase sem respirar. Era hora de acordar.

18.10.06

ôpa!

Bem, já tava de saco cheio daquele blog do uol. Uma droga.
Blog novo, vida nova.
Achei interessante essa mudança, pois o endereço "garde que fala" já não presta mais. Nada mais de textos com voltas e voltas em torno de uma idéias central. Os textos maisrecentes são um pouco mais elaborados (quem discorda, q leia meus primeiros textos.).
Acho, assim, que não é mais o meu eu réptil quem escreve. É quase uma evolução. Talvez agora eu já pertença a família das aves. Mas é só uma perspectiva.
Por isso a mundança, em partes.
fico só ressentido em ter que deixar pra traz o modelo do outro blog. mas é a vida!

Gostaria de fazer uma pequena saudação:

Primavera, seja muito bem vinda! Chega de frio e dias nublados.
As coisas nubldadas me deixam meio melancólicos.

Agora só sol, um pouco de calor e muitas flores se abrindo!