Esperava o ônibus com uma amiga minha, uma menina de nome forte. Mais um tempo, vi q se aproximava a única figura nesse mundo que eu acho realmente lamentável. Um cara bastante medíocre. Então, comentei com essa minha amiga uma possibilidade de tentar constrangê-lo. Aí, numa de suas típicas frases curtas, ela disse: "Lu, tu não precisa disso"... Não posso negar o impacto dessa frase.
Todo santo dia, é batata!, tem alguém pra me enfiar uma crítica(e não mais do q isso, por favor!). Seja uma palavra, uma careta, um deboche, uma conversa cruzada. E o pior é que é por gente que mal conheço.
Tipo, numa festinha na casa de um colega meu, esses dias, depois de pequenos debates sobre "votar ou não votar", simplesmente ouvi algo do tipo, de um cara pro outro, como se não fosse pra mim: "Dpois de tudo q disse, ainda tem a cara de pau pra dizer q não tem maturidade pra votar". Parece pouco. E de fato o é. Mas foi o suficiente pra estragar a noite e me deixar quase todo o findi de acídia.
Porra, e quem é de fato aquele cara na minha vida? Ninguém!
(??????????)
Ninguém, a não ser uma pessoa q eu vivo enchendo de críticas.
E aí esta "morta", já há dois mil anos anunciada: "Não julgues, e não sereis julgados"´. Não sou muito fã desse tal de Cristo, mas sua capacidade de "simancol" é admirável. Essa é a coisa mais certa que tem, mas a gente nunca, nunca, nunca percebe. Teça alguma idéia sobre alguém, monte na sua cabeça todos os seus defeitos. Espere mais um pouco, e você vai se ver refém de um ataque dessa mesma pessoa. Pode ser muito pocua coisa, mas a tua vaidade vai inflamar tanto o ataque, que este será intragável. Esse tipo de "o feitiço virou contra o feiticeiro" foi a coisa mais bem acertada na minha lata nestes últimos tempos.
Pense, fale mal de alguém em alguma coisa. O condenado será você mesmo. "Com a mesma medida que medirdes, vó sereis medidos"!
E já dizia uma amiga minha, minha caroneira: "Se tem alguma coisa em alguém q te incomoda, pode ter certeza q isso é algo q tu vê de falho em ti mesmo"! Batata! "Tire a palha do teu olho antes apontar a trave no olho do teu irmão"!
Pois é, to meio cristão nesse texto. Mas é só aparência. Indicação: Lo Capítulo "o que se representa", do Schopenhauer, no aforismo sobre a felicidade na vida.
22.11.06
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2 comentários:
Concordo plenamente. E sobre o post anterior: escreva tudo o que tu quiser, ora bolas!
Abraço!
Metafórico.
Lembro que quando estudava no julinho achava que as pessoas estavam sempre falando mal de mim pelos cantos, pelas costas, já que me dava bem com quase todos.
Havia um colega que era um mala, e eu falava muito dele, ele era um Chato (com "C" maiusculo mesmo) e acabei enfiando na minha cabeça que só parariam de falar de mim se eu parasse de tirar sarro dele.
Óbvio que não consegui e mantive minha mania de perseguição.
Bom, mas o que isso tem a ver? Acho que constantemente estamos com a impressão de que falam da gente e que, pior ainda, tem motivos para tal.
Acho que aí mora a besteira. Se não falam nos tornamos neuróticos, e se falam, bem, aí só pode ser porque tem algo pra falar.
A ilusão de que seria uma boa passar pelo mundo sem ser visto é bem isto mesmo, ilusão.
Que graça tem o chuchu que não fede nem cheira?
Assim penso, melhor que atinja eles, pois assim existo do que passar desapercebido.
De que adianta ser um voto a mais numa urna sem saber o que nos leva até lá? De que adianta fazer de conta que concorda para não causar mal estar? De que adianta ser tão melhor se ninguém vai reconhecer.
Por isso digo, sem os medíocres todos o seriam.
Eles tem uma função social, que é a mesma do churros de chocolate.
Sem o churros de chocolate não valorizariam tanto o de mumu.
Então acho que é melhor seguir assim, causando mal estar e estando acima das tentativas invejosas de nos causarem a mesma coisa.
"Deixo tudo assim, não me importo em ver, a idade em mim, ouço o que convém, eu gosto é do gasto..."
Siga assim, afinal, mais um na multidão é pouco pra quem sabe ser mais.
Abraço!
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