22.6.07

Tradição x Capital

Demarcação de terras de guaranis e tupiniquins segue parado na Funai. Aracruz, que perderia parte de sua área, propõe criação de 'reserva indígena' no lugar de 'terra indígena', o que impediria que demarcação seja ampliada no futuro.

A grande questão presente é se a cidadania e os direitos de comunidades tradicionais da nação (quero dizer, reconhecidos enquanto "brasileiros") é mais ou menos importante que a produção de capital de uma corporação que devasta o meio ambiente de onde quer que esteja.

19.6.07

O que não sou

Acédia (ou acídia) era um nome estúpido dado à sensibilidade de gente pouco acostumada - ou insensível - aos movimentos pendulares da vida. Duro, convicto, sempre satisfeito diante do acaso ou do futuro incerto, sensível como o sistema ocular de uma mosca. Assim era o cara completamente fechado em si mesmo, com o espírito fundido com os poucos que concedia confiança, que cerca de forma tranqüila e constante o espírito dos recém conhecidos. Tinha meia dúzia de idéias, sempre em mutação, sempre constantes e consistentes. Incapaz de afirmar sem antes elucubrar a idéia consigo mesmo - mas ainda assim com um certo incômodo. Ria alto das piadas pouco engraçadas de seus amigos. Trabalhava oito horas emburralhado, de má vontade, como se estivesse sendo estuprado; podia ser assaltado que não perderia a calma habitual: lhe roubariam só um objeto, não o seu tempo. Passava horas na frente do espelho. Amava a si mesmo como quem ama a última e única coisa que lhe resta - ele sabia que a vida era a última coisa que lhe restava. Sexo era pra ele impreterível. Boas ou ótimas companhias eram raras: conciliar sexo, amizade e racionalidade de relação é uma coisa difícil. Mais difícil era sentir necessidade que suas companhias durassem, pois todo tempo vivido era eterno enquanto durasse, pro resto da vida. Não iria perder a si mesmo por causa de ninguém e amava todo alguém lhe mostrasse o novo, o que o deixava em regozijos consigo mesmo.

18.6.07

Remédio para o capital e não para doenças

Caralho, meu!

Testes de novos remédios em países sub-desenevolvidos.

Não adianta! Por trás de qualquer marca bonita de publicidade sempre tem uma podrera para ser escondida!

12.6.07

Tragão de segunda-feira

Qual a melhor coisa do inverno?
-Enchê a cara e tomar banho de porta aberta!

11.6.07

Tem coisa pior que inverno?
-Sim, gente apaixonada!

6.6.07

Ocupação da Reitoria da UFRGS - Repúdio à política do DCE

Grande piada!

Há dias vêm aparecendo notícias de tomada de reitorias pelo Brasil, desde a iniciativa dos alunos da USP.

"E agora chegou a nossa vez!"

Chegou a nossa vez de receber a cartilha do DCE (Diretório Central dos Estudantes), soltar gritos de ordem contra a reitoria e a política do governo Lula e, por fim, arrancar os cartazes e ir pra casa!

VÃO SE FUDÊ!

Pra mim esse é um momento único para juntar os estudantes e conversar sobre a vida da universidade, conversar sobre a política educacional do governo, sobre a posição do movimento estudantil... enfim, um momento especial pra conversar sobre a reforma universitária (que porra é essa?), sobre as cotas para negros, sobre o fechamento do arquivo contra a ditadura pela vaca da Yedda.

Momento único pq há ali a sensação de que nós, não só como estudantes mas como cidadãos, somos capazes de nos mobilizar, de debater, de reivindicar e, tão importante quanto os outros, de bater pé!

Momento único para conhecer outros incomodados, que querem pensar a situação, descobrir - e inventar - formas de intervenção social SEM A NECESSIDADE DE REPRESENTAÇÃO, sem se atrelar a porra nenhuma de partido que quer enfiar uma cartilha na tua cabeça, evitar que tu te canse pensando e, principalmente, para tu servir como bucha de canhão, que nem orc em campanhas de RPG.

É uma pena que essa ocupação acabe só como teatrinho de futuros políticos para aparecer na TV, fazendo grau entre os do partido e angariando voto no futuro!

Mas não há dúvida: só por ter conhecido esse pessoal q não quer representação, ter conhecido a lógica de alguns grupos políticos (em especial pela dos filhos da puta do Movimento Estudantil Liberdade, a escória da extrema direita que entende que política se resume a porrada e aumentar para R$ 4,50 o valor do Restaurante Universitário), por toda essa pequena experiência, não há dúvidas que já foi um pouco bom!

1.6.07

Ocupação da USP, fascista?

Huuum!
A notícia tem, sem dúvida, a função intrínseca de desestabilização paralela à função de informar. Para tanto, não basta unicamente a descrição pura e simples do fato: é o arcabouço teórico do informante que vai classificar e significar o fato, relacionando este ao próprio entendimento do mundo.

O caso da ocupação da reitoria da USP, por exemplo. Pra mim é uma mobilização de extratos médios da sociedade na luta por uma instituição de ensino mais pública e útil à sociedade. Mas há posicionamentos bem... diferentes...
Veja o exemplo veiculado no Mídia sem Máscara:

Mais um exemplo do comportamento da gang comuno-fascista que seqüestrou a USP e é acobertada por parte da grande mídia

Gente burra precisa usar esses termos mega explicativos que não explicam nada, pra defender o que mal entendem mas crêem (como o religioso) definitivamente que entendem.