"Eu não me torno verdadeiramente livre senão quando todos os seres humanos que me rodeiam, homens e mulheres, são igualmente livres. A liberdade do outro, longe de ser um limite ou a negação da minha liberdade é, ao contrário, sua condição necessária e sua confirmação. Eu não me torno verdadeiramente livre senão pela liberdade dos outros, de sorte que quanto mais numerosos são os homens livres que me rodeiam e mais profunda e larga é sua liberdade, e mais estendida, mais profunda e larga torna-se a minha liberdade. É, ao contrário, a escravidão dos homens que põe uma barreira a minha liberdade, ou o que significa o mesmo, é sua bestialidade que é uma negação da minha humanidade, pois mais uma vez eu não posso me dizer verdadeiramente livre senão quando minha liberdade - ou o que quer dizer a mesma coisa, quando minha dignidade de homem, meu direito humano, que consiste em não obedecer a nenhum outro homem e a não determinar meus atos senão conforme minhas próprias convicções - refletida pela consciência igualmente livre de todos, retorna confirmada pelo assentimento de todos. Minha liberdade pessoal, assim confirmada pela liberdade de todo o mundo, se estende ao infinito."
(BAKOUNINE, Michel. Dieu e l'État. In: OEuvres. Paris: Stock, 1980, p. 312s.)
Nota: (péssima) tradução minha.
18.10.07
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