Esperar que sejamos felizes; a decepção frente e a desistência da vontade de vida depois de algumas derrotas; achar indigno se dar mal na vida; o medo da dor; achar que as coisas deviam ser melhores: esses são alguns dos pontos de partida do pensamento infantil e metafísico. Ele só tem validade se de fato houvesse uma força criadora sobrenatural que determinasse q a vida tinha de ser um "doce". Mas nem mesmo o deus cristão promete isso, na medida em q afirma que os fudidos na vida devem esperara a justiça do/no céu.
O que sei é que nosso planetinha saiu de um monte de "revoluções". Aquele tal de big-ban; aquelas locuras de junção de lixo espacial que girando geraram o sol; certas explosões no sol que "o levaram" a cuspir os planetas hoje existentes, a passagem bilhões de anos até haver o resfriamento da terra e poder surgir a vida; a sobrevivência de algumas espécies, que depois de muito tempo permitiu o surgimento dos primeiros homos; o desenvolvimento do homo sapiens e sua supremacia sobre a natureza depois de cem mil anos; nas comunidades humanas a sobrevivência se dá pela superação de outras comunidades que visam os mesmos recursos primários; a luta contra seis milhões de espermatozóides pra chegar até o ovário.
Nisso acabo vendo a (minha) verdade sobre a vida: "a vida não é de brincadeira, amigo", como já diria o poeta e eu repito pela enésima vez. Luta, conflito, instinto de sobrevivência, vontade de poder: "crueldade!" na nossa concepção burguesa e cristã de pensar...
Mas sou sincero, fiquei chocado com as cenas verdadeiramente humanas de caça e subjugamento do filme do Gibson, Apocalipto. Só o mais infantil não pode reconhecer que a crueldade é humana, demasiadamente humana.
E se o mundo não seguisse sua linha caótica, hoje não estariamos aqui. Somos todos nós filhos do caos que permitiu nosso nascimento, e é a partir desse caos que devemos organizar nossa vida. Achar "se não estiver feliz, não quero viver" é coisa bem de quem não tem um mínimo de noção histórica. Agora, dizer "eu quero ser feliz e vou fazer todo possível para isso, apesar dos pesares", já é coisa bem distinta, bastante nobre - e por isso mesmo bastante imoral.
Arrisco o sentido da vida: conquistar o que se tem vontade! uso conquistar, e não conseguir, justamente para expressar que o meio para se conseguir o que se quer passa pela guerra contra algo ou alguém, logo, Conquista!
(Inclusive, esse alguém contra quem se vai lutar somos nós mesmo. Nós, os medrosos, que o digamos!)
7.2.07
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Um comentário:
Cara, é melhor tu parar de ler Nietzsche antes que tu bata em uma criança para roubar o pirulito dela...
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