11.12.06

E a nobreza?

Onde se encontra hoje a casta de nobres, dos super-homens nietzschiniano? Onde estão esses homens fortes, que fazem da sua vontade verdade e realidade, sempre prontos a pôr os músculos em ação, criadores de valores e de sua própria moral, nascidos pra ser senhores, com poder tamanho para enfrentar o prório governo central, onde estão? Quem é hoje a nobreza?

Será que se encotram nas bibliotecas das grandes universidades, nos apartamentos de nossa classe média alta, ou nas Cultura das nossas cidades?

Acho q não!

Cito: "Digamos (...) de que modo começou na terra toda sociedade superior! Homens de uma natureza ainda natural, bárbaros em toda terrível acepção da palavra, homens de rapina, ainda possuídores de vontade e ânsias de poder intactas(...). A casta nobre sempre foi, no início, a casta nobre de bárbaros." (Além do bem e do mal, aforismo 257).

Se são os bárbaros a casta nobre talvez, a partir da localização geográfica dos bárbaros medievais, possamos encotrar uma pista dos nobres de hoje. Se os bárbaros medievais habitavam a periferia (da periferia) do mundo civilizado - à margem das grandes Índia, China, Bizâncio e da civilização árabe - acredito, então, que os novos nobres se encontram, igualmente, na periferia da civilização.

De cima dos morros, de AK nas mãos dando tiro em "polícia" e rival, submetendo o fraco, mandando seus "aviãozinhos" pra onde querem, mandnado nos negócios mesmo presos, inventando suas gírias, impondo sua moral, construindo uma sociedade altamente hierarquizada: não vejo senão no traficante de hoje a síntese mais precisa da nobreza nietzschiniana. Não sei se eles estão certos ou errados, só sei que a palavra deles é lei e sua vontade é vontade de poder. E como qualquer um sabe, o que faz a verdade é a força.

E, agora, pra meter um pouco de pau em mim mesmo:

Minha não simpatia pela nossa democracia: um monte de cordeirinho seguindo o candidato mais correto, escolhido um mês antes da eleição, tomando por base os melhores slogans e trechos de música. Enfim, gado.
Gado que vive reclamando da realidade em que vive, mas não mexe uma palha por nada.

E a real é a seguinte: quem aceita o que está, mesmo reclamando, tem mais é q se fudê mesmo.

Os traficantes, pelo menos, inventaram sua própria verdade. Não tão nem aí pra quem tão desagradando, fazem o que querem, metendo o peito (ou os lacaios) a bala pra chegarem aonde querem.

Pois é, acho que com eles está justamente a transvalorização dos valores.

3 comentários:

Eu mesmo disse...

Interessante...

Anônimo disse...

bah mt bom o texto ateh o "e agora..."
flw

penso em algo semelhante! mas sem base teórica!

Apenas mais um miserável disse...

massa, cara. o negócio é sabotar essa porra de democracia burguesa... HAHAHAHA