9.7.09

Minha escrita é previsível.

4.7.09

O franguinho da Sadia, sempre sorridente

No mundo cristão-"ocidental", a vida política e econômia foi sempre sensível à moral cristã. Geralmente, no sentido de ter sua dinâmica e força redirecionada ou aumentada. A violência feudal foi enviada para o mundo islâmico, com a promulgação da Paz de Deus e da Trégua de Deus. Sem elas, não haveriam Cruzadas.

Além disso, sem a ética protestante, a Inglaterra possivelmente não teria inventado o capitalismo.

Por mais religiosas que as Cruzadas e a ética protestante fossem, não eram cristãs em sentido restrito e original. Mas, ainda assim, a moral cristã era o elemento que lhes dava sentido e legitimidade.

Hoje, o capitalismo e as políticas estatais são laicas. Mas se utilizam dos rebentos modernos da moral cristã - a moral humanitária e a moral ecológica - como importantes instrumentos ideológicos.

A França, se não me engano, está entre os países que condenaram a Coréia do Norte por ter dado início à produção de material nuclear. Seu presidente, Sarkozy, anunciou que a França será o primeiro país a começar a campanha do desarmento, com a interrupção da produção de materiais de fissão explosivos e com o fim de testes nucleares. É engraçado, pois defendem o desarmamento atômico com um stock de 300 ogivas nucleares! Veja a notícia aqui.

A Wal-Mart entrou na campanha de substituição de sacolas de plástico pelas de pano. É uma empresa bem ecológica. Só espero que o próximo passo seja diminuir a quantidade de luz pra manter o Big ligado. E deixar seus funcionários estadunidenses se sindicalizarem.

Os termos politicamente corretos são símbolos de legitimiação muito disputados pelas grandes forças. A moral, seja ela qual for, é sempre necessária para pronunciamentos oficiais e propaganda. Seja para pôr um selo de garantia numa embalagem de gordura vegetal hidrogenada (basta dar uma olhada em revistas da década de 1970, como a Cruzeiro) ou para aplicar medidas nazistas à população "terrorista" palestina.